Em 2006, o mesmo espetáculo foi apresentado no Goiânia Ouro, marcando o lançamento do livro. O teatro ficou completamente lotado. Assim, o grupo foi convidado a fazer uma nova apresentação, dentro das comemorações do aniversário do Centro Cultural. Para o segundo semestre de 2007, está previsto o lançamento de um CD com as mesmas canções incluídas no show, um trabalho que está sendo esperado com grande expectativa.
O livro “MPB em Goiás – Compositores dos Anos 70”, de Reny Cruvinel e Luiz Chaffin, publicado através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Prefeitura de Goiânia, conta um pouco da história da música popular brasileira produzida no Estado tomando como referência os seus compositores. O trabalho, que contou com o patrocínio da Tropical Imóveis (através da Lei Municipal), reuniu textos com a trajetória dos artistas que tiveram seu trabalho iniciado na década de 70 e partituras de 37 músicas feitas por estes compositores, além de fotos recentes e antigas.
O primeiro passo dos autores foi a definição dos compositores que se adequavam ao perfil procurado. A partir daí, foram escolhidas algumas das principais músicas de cada artista. O critério para esta seleção se baseou no contato do público com cada canção. Foram escolhidas músicas mais conhecidas, principalmente pela execução nas rádios. Os festivais de música realizados neste período se tornaram eventos fundamentais para a veiculação das canções criadas pelos artistas. Comunica-som e Gremi foram os mais destacados.
Reny Cruvinel
Os textos e a pesquisa do livro “MPB em Goiás – Compositores dos Anos 70” foram feitos por Reny Cruvinel, jornalista formado pela UFG, publicitário e músico. Natural de Jataí/GO, Reny integra, desde os anos 80, o grupo de MPB vocal Essência e o Expresso Luz, também um grupo vocal, mas com atuação no meio gospel. Em sua trajetória como jornalista, atuou nas áreas de TV e rádio, tendo publicado também dois livros de poemas: “A Pupila que Papoula”, em produção independente de 1989, e “Zorra”, da coleção Divagar e Sempre, coordenada por Pio Vargas no início dos anos 90.
Luiz Chaffin
Luiz Chaffin foi o responsável pela direção musical e a elaboração das partituras. Produtor de vários discos em Goiás e músico de grande experiência no cenário nacional, tendo acompanhado artistas como Simone, Zélia Duncan, Dalto, entre outros, Chaffin nasceu em Niterói/RJ, mas reside em Goiás desde os anos 90. É formado em violão clássico pelo Conservatório de Música do Rio de Janeiro, tendo aprofundado seus estudos com Sérgio Benevenutto na escola Rio Música, no Rio de Janeiro. Atualmente é diretor musical dos shows da cantora Maria Eugênia e também dos grupos Solo Brasil e Canto da Gente, com várias apresentações fora do Brasil. Ao lado de Pedro Braga, integra ainda o duo instrumental Com a Corda Toda, que prepara a gravação de seu segundo CD.
Cláudia Vieira
Com interpretação e potencial vocal aguçados pela experiência, Cláudia Vieira executa com precisão as músicas de seus shows. Seu contato com a música se deu muito cedo, com a infância recoberta pelo exemplo do pai (segundo colocado no concurso Voz de Ouro do Brasil em 58).
Em 1987 fez seu primeiro show, obtendo desde então brilho próprio. A partir de 1992, com uma dedicação maior, Cláudia incursionou pelos caminhos do Jazz e do Blues, fazendo destes estilos uma casa aconchegante à sua voz e aos ouvidos atentos. Seus shows trazem ainda os clássicos da MPB, em interpretações que valorizam não somente a voz da cantora, como também, contextos e ambientes das apresentações. Repertório, cenário, iluminação e músicos se encaixando de forma harmoniosa e envolvendo a voz de diva de Cláudia Vieira.
Ela foi escolhida melhor intérprete no programa de Júlio Vilela, em 1999, e melhor cantora no programa City Night, de Eduardo Costa, em 2000. No curta-metragem “Spilicute Trem”, ela interpretou a música “Noites Goianas”. Cláudia Vieira também foi pré-selecionada para o I Prêmio Caras de Música, nas categorias “Melhor Disco de MPB”, com o álbum “Sobretudo Encontros”, e “Melhor Música”, com “Triste Papel”, composta por João Caetano.
Maria Eugênia
Cantora nascida em Goiânia, que lançou seu primeiro DVD, Maria Eugênia Ao Vivo, em 2005. Maria Eugênia já gravou cinco álbuns em carreira solo, além de dois em projetos com cantores goianos e ainda um com o grupo Solo Brasil, este último concebido e dirigido pelo embaixador Lauro Moreira e aplaudido em diversas capitais da Europa, África e das Américas. Tais álbuns revelam já, é certo, a potência, beleza e maturidade técnica da voz de Maria Eugênia. Mostram também, todavia, a impossibilidade de se lhe atribuir apenas um ou outro adjetivo: graciosa, agressiva, ingênua, sedutora, matreira ou o que seja, todos eles se revezam para dar contorno à personalidade de cada canção por ela interpretada. O trocadilho “o que os olhos vêem o coração sente” explica a experiência única de, mais que ouvir, assistir Maria Eugênia e ver sua voz vestir ora composições goianas, ora músicas consagradas nacionalmente. Como bônus, foram incluídos no DVD dois clipes gravados, um em Marrakech e um em Paris.
A direção musical de Luiz Chaffin, a sinergia dos excelentes músicos convidados e o elogiadíssimo cenário concebido especialmente pelo artista plástico Marcelo Lima fazem do DVD Maria Eugênia Ao Vivo parada obrigatória para quem goste de boa música. A cantora se apresentou no IX FICA, no último dia 16 de junho, na Cidade de Goiás. O show, na Praça do Coreto, confirmou a paixão do público goiano por uma das principais cantoras do Estado. Em seu último cd, “Alma Leve” a cantora homenageia Juraildes da Cruz, eclético compositor goiano-tocantinense, que já ganhou o Prêmio Sharp de Música Regional. Forró, xote, baião, letras bem humoradas e outras românticas, como “Quem Ama Perdoa”, numa participação surpreendente do também goiano Leonardo.
Débora Di Sá
Nascida em Goiânia, Débora Di Sá tem sua raiz na cidade de Pirenópolis, onde sua família tem tradicionalmente constituído um dos núcleos centrais da produção cultural daquela cidade e de Goiás, tendo contribuído com músicos, artistas plásticos, escritores etc. Atua desde muito jovem em festas sacras, cerimônias religiosas e outras atividades ligadas às tradições populares e religiosas de Pirenópolis; em Goiânia cantou em cerimônias e em bares; ingressou no Instituto de Artes da UFG, cursando, entre 1992 e 1995 o curso superior de Canto; a partir de 1994 passa a desenvolver sua atividade como compositora; em 1997 passa a atuar também em São Paulo-SP e no ano de 2000 no Rio de Janeiro, como cantora, compositora e produtora musical.
Bel Maia
Bel Maia começou sua carreira de cantora no extinto "Projeto Pixinguinha", com uma pequena participação. De lá para cá, fez shows em vários locais de Goiânia e Brasília, e também em Hamburgo, na Alemanha, onde cantou por um ano em bares e restaurantes. O fator de compor surgiu como um processo natural em sua carreira, que apresenta um estilo bem definido, com fusão de MPB e pop. Através do uso sofisticado das melodias cíclicas, que é característica da música mineira e música modal, aliado a ritmos brasileiros e pop, Bel Maia consegue um trabalho atual e original.
Em seu cd de estréia, nove das 11 músicas são composições próprias e tem como produtor e arranjador Marcelo Maia. Este cd foi gravado com recursos obtidos através da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia. Em 2002 participou da 2ª edição do efestival IBM e ficou entre as 9 melhores músicas dentre 2015 inscrições.
Fé Menina
O grupo Fé Menina foi formado em 1995 e desde então vem se apresentando nos mais diversificados espaços. Com um repertório variado, o trio vocal feminino se dedica à MPB e teve seu primeiro CD gravado e lançado em 2001, pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura. O grupo interpreta música brasileira de compositores renomados, como Noel Rosa, Caetano Veloso, Baden Powell e Chico Buarque. O trio também passa pelo repertório de compositores goianos, como Marcelo Barra, Fernando Perillo, David Izacc, Cláudio Vespar, entre outros.
Além do próprio CD, o grupo participou de gravações de artistas goianos, como Gilberto Correia, Grupo Evoeh e I Fest Pop, além de duas faixas no CD Cantorias de Natal, produzido por Yara Moreira em 1998. Tem participado, como grupo convidado, de vários eventos da Universidade Federal de Goiás, como, por exemplo, Recitais na Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), entre os anos de 2001 a 2003 e 2005 e 2006. Atualmente, o grupo se prepara para gravar o segundo CD. O Fé Menina é composto por Fabiana Tavares, Mônica Izacc e Gilka Martins.
Larissa Moura
Larissa Moura iniciou sua carreira aos 13 anos de idade, fazendo aulas de canto com a professora Honorina Barra, e aos 14 começou a participar de festivais, como o Festival do Cantor Mirim do Goiânia Shopping, que venceu. Desde então, ela tem se apresentado nos projetos culturais de Goiás, como FICA, Canto da Primavera, Um Gosto de Sol e Cultura Sobre Rodas (onde foi escolhida por pesquisa como melhor intérprete do ano de 2002). A cantora também fez várias apresentações em eventos do estado, como bares, restaurantes e clubes.
No ano 2000, participou de um CD lançado pela Anhangüera Discos, intitulado “Jovens Talentos”. No álbum, ela canta a música “Conselho”, de João Caetano e Otávio Daher, momento em que se tornou mais conhecida, pois a música foi bastante executada. Em 2003, lançou seu primeiro CD solo, “Sou eu”, com músicas de compositores goianos e de outros estados do Brasil. Seu timbre de voz grave e bastante personalizado foi empregado com sucesso em faixas como “Violando” e “Me perdi no seu olhar”. Em agosto de 2004, fez participação especial no show “Lua Luará” em Brasília – projeto que conta com letras de Fernando Brant, vocal de Claudya Oliveira, músicas de Heikki Sarmanto (pianista e compositor finlandês que fez questão de acompanhar Larissa na música “When you meet temptation”, de sua autoria). Em 2007, ela fez participação em show de Darwinson & Banda, junto com o cantor e compositor goiano Gustavo Veiga.
Taís Guerino
Em 1996, a Taís Guerino foi vencedora, aos dez anos de idade, do Festival Interno de Música do Colégio de Aplicação, de Itumbiara. No ano seguinte venceu novamente esse festival, concorrendo em outra categoria. Ainda em 1997, começou a ter aulas de canto com a professora Honorina Barra, em Goiânia, e continua até hoje. Taís já fez participações especiais em shows e canta em bares e eventos. Ela também se apresentou no Programa Frutos da Terra, da TV Anhangüera. Foi integrante do grupo de mulheres que prestaram homenagem aos compositores goianos no show de lançamento do livro “MPB em Goiás – Compositores dos Anos 70”, em agosto de 2006.
A cantora possui um total de dez primeiros lugares, conquistados entre 1998 e 2000 em festivais regionais e nacionais, dentre eles o Festival do Cantor Mirim do Goiânia Shopping e o Festival da Canção de Nova Veneza (FECAVE –GO). Em janeiro de 2000, ela participou do Domingão do Faustão, da Rede Globo, como convidada, para fazer o lançamento do Concurso de Novos Talentos. Em julho do ano seguinte, foi convidada a cantar em noite cultural, realizada em Nova York, divulgando a música brasileira. Taís Guerino participou também do projeto Campus Sonoro, na UnB, em setembro de 2006, e recebeu o prêmio de melhor intérprete da 8ª edição do Festival de Música Candanga da UnB (FINCA).
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